A batalha pelo controle parte 10 : custos de hardware com drivers de código fechado
O Windows força os fabricantes de hardware a fecharem o código dos drivers, as especificações de suas placas, aumentarem o poder de processamento, projetarem individualmente cada placa, pagarem por licenças de tecnologias que não precisariam.
Sem falar num aumento substancial de necessidade de processador.
E o que acontecerá com você?
Depois que você ler a minuciosa análise das implicações no custo de hardware das exigências do novo sistema operacional Vista você poderá se surpreender.
Atraídos pelo canto da sereia de lucros grandes e rápidos, tanto os produtores de conteúdo multimídia quanto os fabricantes de hardware entregarão o controle do canal de distribuição de conteúdo e o controle operacional do mercado de hardware a uma única empresa: a Microsoft.
A Apple já pratica o controle (parcial) da distribuição de conteúdo no seu iTunes contra os produtores de conteúdo multimídia: ou eles fazem o que a Apple exige ou não estarão no site de distribuição.
A Microsoft estenderá esse conceito muito mais.
Todo o controle de distribuição de conteúdo de alta definição será feito por ela, já que o Vista levará o tal DRM às últimas conseqüências, fazendo que 30 vezes por segundo, todo o tráfego de informações entre periféricos, barramentos, sub-sistemas, circuitos, seja verificado para garantir que seja "genuíno".
Se algo não tiver assegurada genuinidade, a qualidade de reprodução de TODA a máquina será reduzida.
Uma placa de hardware (ou um programa) poderá ser desabilitada automaticamente se não for autenticada pela Microsoft.
Cada rotina de programação deverá encriptar e descriptografar "genuinamente" cada mensagem enviada ou recebida de ou para outros programas e até a memória.
Segundo a própria Microsoft, CADA BYTE consumirá aproximadamente 20 ciclos de máquina para criptografar ou descriptografar.
Num rápido exercício, imagine uma tela 1024 x 768 x 32 milhões de cores x 60 vezes por segundo x 20 ciclos por byte e verás que o poder de processamento necessário será enorme.
Para esse sistema funcionar, a Microsoft deterá uma chave criptográfica, o fabricante do hardware outra e o produtor de conteúdo a terceira (relativa ao título específico).
Então temos um grande conjunto de fabricantes de hardware, um conjunto de produtores de conteúdo.
E uma única empresa controlando uma chave.
A um dado momento, pode ser "identificado uma brecha de segurança" no hardware ou seu driver.
No próprio hardware (circuitos integrados) ou no driver de software.
Então a Microsoft desabilitará aquele hardware até que seja providenciada uma atualização do driver ou substituido o hardware.
Para o produtor de conteúdo, a Microsoft deverá fornecer uma chave também.
Se em dado momento for "identificada uma brecha de segurança" no conteúdo publicado (multimídia ou programas), a Microsoft desabilitará mundialmente aquele conteúdo.
Quem definirá o que é uma "brecha de segurança identificada" ou o que é "genuíno"?
Quem tem o controle tem o poder de decisão e dita os termos.
E você?
Você paga a conta disso tudo quando e tantas vezes quanto for exigido.
Faz algum tempo que vejo "pragmáticos" defenderem o uso de drivers de código fechado.
Uma rápida análise como esta aqui apresenta um pouco do problema técnico e implicações.
Licenças de código aberto e livre como a futura GPL 3, forçam todos a um patamar comum de honestidade, ética e clareza básicos na negociação e uso de capital intelectual, sobre quem controla o que e como.
Só que honestidade, ética e clareza podem ser problemas para algumas pessoas e modelos de negócio.
O software livre surgiu da necessidade de resolver os problemas das pessoas (enquanto usuários domésticos ou corporativos) e não para resolver o problema de fluxo de caixa dos fornecedores.
Por isso equilibra a relação de controle.
Mas se há tantos problemas técnicos e até éticos, como pode ser possível que tantos falem maravilhas de um produto tão prejudicial para o cliente?
Tudo isso para proteger modelos de negócio que já caducaram ainda na década de 90.
Os tempos são outros e novos modelos de negócio estão decolando à revelia dos monopólios.
Veja os blogs, o império Google, o MagnaTune, o Mindawn, o YouTube, os fotoblogs, o Orkut, a WikiPedia, os ringtones, os serviços de suporte Debian da HP, o SalesForce e similares, o Bit Torrent, etc, etc, etc.
Fica pensando o que o futuro trará de aplicações, soluções e novos modelos de negócio com tecnologias assim.
E o que representa para modelos de negócio estagnados há décadas.
Ouve-se falar em "economia de mercado", "competitividade", "inovação", "flexibilidade".
Mas tudo o que monopólio NÃO quer é competição, flexibilidade, mudanças ou negociações.
Software livre é a competição mais darwiniana: a sobrevivência do mais apto; a seleção genética de uma grande variedade; a evolução continuada; sem tréguas.
Atraídos pelo canto da sereia de lucros grandes e rápidos, tanto os produtores de conteúdo multimídia quanto os fabricantes de hardware entregarão o controle do canal de distribuição de conteúdo e o controle operacional do mercado de hardware a uma única empresa: a Microsoft.
A Apple já pratica o controle (parcial) da distribuição de conteúdo no seu iTunes contra os produtores de conteúdo multimídia: ou eles fazem o que a Apple exige ou não estarão no site de distribuição.
A Microsoft estenderá esse conceito muito mais.
Todo o controle de distribuição de conteúdo de alta definição será feito por ela, já que o Vista levará o tal DRM às últimas conseqüências, fazendo que 30 vezes por segundo, todo o tráfego de informações entre periféricos, barramentos, sub-sistemas, circuitos, seja verificado para garantir que seja "genuíno".
Se algo não tiver assegurada genuinidade, a qualidade de reprodução de TODA a máquina será reduzida.
Uma placa de hardware (ou um programa) poderá ser desabilitada automaticamente se não for autenticada pela Microsoft.
Cada rotina de programação deverá encriptar e descriptografar "genuinamente" cada mensagem enviada ou recebida de ou para outros programas e até a memória.
Segundo a própria Microsoft, CADA BYTE consumirá aproximadamente 20 ciclos de máquina para criptografar ou descriptografar.
Num rápido exercício, imagine uma tela 1024 x 768 x 32 milhões de cores x 60 vezes por segundo x 20 ciclos por byte e verás que o poder de processamento necessário será enorme.
Para esse sistema funcionar, a Microsoft deterá uma chave criptográfica, o fabricante do hardware outra e o produtor de conteúdo a terceira (relativa ao título específico).
Então temos um grande conjunto de fabricantes de hardware, um conjunto de produtores de conteúdo.
E uma única empresa controlando uma chave.
A um dado momento, pode ser "identificado uma brecha de segurança" no hardware ou seu driver.
No próprio hardware (circuitos integrados) ou no driver de software.
Então a Microsoft desabilitará aquele hardware até que seja providenciada uma atualização do driver ou substituido o hardware.
Para o produtor de conteúdo, a Microsoft deverá fornecer uma chave também.
Se em dado momento for "identificada uma brecha de segurança" no conteúdo publicado (multimídia ou programas), a Microsoft desabilitará mundialmente aquele conteúdo.
Quem definirá o que é uma "brecha de segurança identificada" ou o que é "genuíno"?
Quem tem o controle tem o poder de decisão e dita os termos.
E você?
Você paga a conta disso tudo quando e tantas vezes quanto for exigido.
Faz algum tempo que vejo "pragmáticos" defenderem o uso de drivers de código fechado.
Uma rápida análise como esta aqui apresenta um pouco do problema técnico e implicações.
Licenças de código aberto e livre como a futura GPL 3, forçam todos a um patamar comum de honestidade, ética e clareza básicos na negociação e uso de capital intelectual, sobre quem controla o que e como.
Só que honestidade, ética e clareza podem ser problemas para algumas pessoas e modelos de negócio.
O software livre surgiu da necessidade de resolver os problemas das pessoas (enquanto usuários domésticos ou corporativos) e não para resolver o problema de fluxo de caixa dos fornecedores.
Por isso equilibra a relação de controle.
Mas se há tantos problemas técnicos e até éticos, como pode ser possível que tantos falem maravilhas de um produto tão prejudicial para o cliente?
Tudo isso para proteger modelos de negócio que já caducaram ainda na década de 90.
Os tempos são outros e novos modelos de negócio estão decolando à revelia dos monopólios.
Veja os blogs, o império Google, o MagnaTune, o Mindawn, o YouTube, os fotoblogs, o Orkut, a WikiPedia, os ringtones, os serviços de suporte Debian da HP, o SalesForce e similares, o Bit Torrent, etc, etc, etc.
Fica pensando o que o futuro trará de aplicações, soluções e novos modelos de negócio com tecnologias assim.
E o que representa para modelos de negócio estagnados há décadas.
Ouve-se falar em "economia de mercado", "competitividade", "inovação", "flexibilidade".
Mas tudo o que monopólio NÃO quer é competição, flexibilidade, mudanças ou negociações.
Software livre é a competição mais darwiniana: a sobrevivência do mais apto; a seleção genética de uma grande variedade; a evolução continuada; sem tréguas.
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