A
Novell adotou o modelo de negócios de prestação de serviços, suporte
técnico e oferta de soluções personalizadas para os clientes
corporativos.
Esse modelo é lucrativo mas não é trivial.
Uma das análises das tendências recentes você pode ver
aqui . Você pode avaliar os riscos e oportunidades de algumas abordagens de modelo de negócios em software livre e Linux.
Mas há MUITO dinheiro para ser feito nesse mercado e modelo de negócios. Veja o recente anúncio de
suporte técnico a Debian GNU / Linux pela HP .
Apenas grandes empresas de serviços em Linux e software livre como HP, IBM, Novell e Red Hat podem lucrar?
Não.
Há espaço para todos os portes.
Uma recente pesquisa com 400 provedores de soluções norte americanos
constatou que o VAR se pode firmar e aumentar os lucros utilizando software livre, desde que se capacite para tal.
Dois terços das vendas são para novos clientes.
E, constatado na pesquisa, as novas vendas de serviços aos mesmos clientes são as mais lucrativas.
Mas quem consegue essas vendas recorrentes são os mais capacitados e que agregam mais conhecimento.
Os lucros aumentam diretamente proporcionais ao número de
profissionais capacitados e quanto maior a aplicação de Linux e software
livre. Justamente os maiores VAR possuem 2,5 vezes mais profissionais
em software livre que os mais fracos.
O estudo é interessante por também identificar os setores com maiores e melhores oportunidades e os com maiores riscos.
Aproximadamente 30% das aplicações já em desktop Linux. 70% em servidores.
Outro dado interessante é que 16% das aplicações já são de missão
crítica. Mas os mais preparados VAR conseguem vender 35% de aplicações
em missão crítica nos clientes. Ou seja: quem está mais preparado
consegue maior porcentagem dos contratos de serviços mais lucrativos.
Muito importante é, a partir da página 43, a análise de correlação estatística de causa e efeito entre números da pesquisa.
O modelo é diferente. Não mais caixinhas para revender. Mas serviços a agregar. Quem estiver capacitado, conquista o cliente.
Quem não estiver, vai ter de continuar vendendo caixinhas a margens cada vez mais estreitas.
E na pesquisa, justamente quando há falta de clareza no modelo de
negócios, o prestador de serviços fica mais enfraquecido ante os
concorrentes.
A pesquisa completa pode ser baixada nesse site
aqui .
Você também precisa cruzar os dados com esta outra matéria
aqui sobre como as médias empresas percebem o software livre e linux.
Você precisa levar em conta na sua interpretação das duas pesquisas
que os dados são do mercado norte-americano, onde o problema de sistemas
legados windows e o relativo custo das licenças é muito maior que no
Brasil. Há muito mais sistemas com décadas de uso e o poder aquisitivo é
muito maior. Ou seja, o custo relativo de licenças proprietárias é
muito menor para os norte americanos que para os empresários
brasileiros.
Pode ser útil você também estudar
algumas das mais comuns objeções à licença
GPL , a mais usada no software livre (aproximadamente 90% dos projetos livres a adotam).
Também pode ser útil estudar o que algumas
outras empresas estão fazendo com
Linux e software livre, em diversos segmentos, e crescendo como a
Network Appliance, que vende US$ 2 bilhões anuais (na página 3 do
artigo).
Há ainda algumas constatações e experimentações neste artigo
aqui .
A mais completa análise de alternativas ainda é The Emerging
Economics of Open Source Software, mostrada na parte 4 desta seqüência
de artigos, e complementada pelo texto da parte 1.
Para entender os conceitos, é importante ler
Only the Pronoid Survive.
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