Pirataria é ruim para software livre, vicia usuários

Pirataria é ruim para software livre, fortalece o monopólio e vicia usuários.

A pirataria fortalece o monopólio.
Por isso que você não vê um combate tão grande assim contra a pirataria de software.
No evento de software livre em Porto Alegre, Sérgio Amadeu fez uma palestra onde constatou como a pirataria fortalece o monopólio.
Também constatou que software é um bem anti-rival.
Quanto maior o compartilhamento de idéias, maior o seu valor agregado.
Só que isso vai contra o modelo de negócios monopolista.
Você precisa ler o documento.
Constatei que a pirataria tem alguns tipos básicos de usuários.
  • O que não tem como pagar
  • O que não pagou porque surgiu oportunidade
  • O que não paga porque não exigiriam ou multariam
  • O que não pagaria de maneira nenhuma, por convicção
Acredito que os três primeiros "possam" ser alcançados pelo software livre.
O pirata convicto é insolúvel e até mesmo indesejável. Um criador de problemas mesmo. Qual o percentual de usuários nesta classificação?
A pirataria vicia e é incentivada pelos monopólios.
Bill Gates disse isso em 1998
Além da China, a M$ já aplicou a tática "a primeira é de graça" na Índia, e aqui, e até mesmo na Austrália, que é país de 1º mundo.
Em 2004, a M$ iniciou processo contra Sérgio Amadeu por repetir o que o próprio Gates já tinha dito em público. O que provocou reações até internacionais e acabou desistindo.
Quanto mais usuários, mesmo piratas, melhor para o monopólio.
Os piratas estarão viciados e terão um "peso" para pressionar a mesma utilização os que são obrigados pelas forças coercivas do Estado a pagarem.
Depois de cruzar o abismo, a grande fatia de mercado são os pragmáticos e os relutantes.
Estes, a grosso modo, só usam porque "tá todo mundo usando" ou "tenho de usar, me obrigaram".
Esses usuários NÃO ESCOLHEM.
De modo sutil ou explícito, alguém escolhe por eles.
Não faz parte do perfil psicológico deles.
Não adianta tentar querer mudar isso.
Só que sabendo disso, a gente pode entender melhor o que acontece e planejar mais adequadamente.
Mas o que um pirata quer ao praticar este tipo de crime (é crime definido em lei)?
  • Algo que não pode pagar
  • Algo que "estava dando sopa".
  • Algo que não viram pegar ou não podem lhe encontrar.
  • Algo que queria e foi "esperto" o bastante para pegar.
O último caso é de polícia federal e ABES mesmo.
Analisemos os outros primeiros e o que pode ser feito.
O pirata quer e não pode pagar.
Bem, eu também quero uma Ferrari, uma Ducati, um LearJet, um helicóptero...
Se colocarmos ao alcance do pirata uma alternativa viável e funcionalmente equivalente, poderá ser resolvido.
Sistemas e programas livres e fáceis de instalar e usar, com muitos recursos desejáveis.
Como a comunidade livre está trabalhando nisso, e conseguindo resultados numa velocidade assombrosa para empresas monopolistas, estas já iniciaram nova tática de criar barreiras legais artificiais.
Vide a esquizofrênica lei de patentes americana que está sendo empurrada na Europa e querem fazer o Brasil engolir também. Já exportada para alguns países.
E o patenteamento de formatos e protocolos de arquivos e comunicações. Não apenas dos programas. Mas da comunicação.
É como patentear um idioma: ninguém mais poderá falar ou escrever português sem ter licença e ou pagar direitos de uso. Qualquer texto ou fala.
O sistema de patentes é tão absurdo que um advogado de patentes conseguiu patentear a roda.
O pirata se deparou com uma oportunidade fácil e aproveitou.
Antigo ditado: a ocasião faz o ladrão.
Numa das pontas, podemos dificultar o surgimento das ocasiões.
Denunciar sites e fornecedores de programas piratas (warez).
Bloquear sites e spam deles.
Colaborar com a ABES e Polícia Federal.
Divulgar os riscos de se usar programas piratas.
Divulgar que é crime usar programas piratas.
Divulgar as vantagens de usar programas legalizados.
Demonstrar os trabalhos que podem ser feitos com software livre.
Eu, por exemplo, uso sistemas diferentes desde 1991 e desde 1998 uso linux e faço tudo que preciso.
Portanto, é possível sim.
O pirata não foi visto pegando e ou não lhe podem encontrar.
Esse tipo de comportamento também pode ser encontrado entre desenvolvedores.
Em tempos de internet, "não podem lhe encontrar" é um conceito relativo.
Depende do tamanho da vontade em querer encontrar.
Alguns são bastante difíceis, como os crackers invasores. Embora estes estejam na última classificação, a dos convictos.
Mas a vasta maioria é usuário "comum".
A M$ já tem a tecnologia e os meios para encontrar os usuários ilegais.
Resta ela QUERER isso com afinco.
Enquanto a M$ não quer "de verdade" fazer isso, o que pode ser feito por outros?
Demonstrar ainda mais os riscos jurídicos de usar programas piratas.
Demonstrar a falta de suporte técnico total.
Demonstrar os riscos técnicos.
Divulgar as vantagens de usar programas legalizados.
Demonstrar os trabalhos que podem ser feitos com software livre.
Em todos os casos, enquanto o usuário não perceber vantagens ou riscos PARA ELE, não vai mudar.
É perda de tempo falar que o país perde impostos e empregos. Só se for o DELE, e amanhã.
É perda de tempo dizer que prejudica a empresa fornecedora.
É perda de tempo dizer que é imoral ou crime roubar dos outros. Se ele acreditasse nisso, não teria feito pirataria, para começar.
Você precisa divulgar riscos mais palpáveis e próximos da realidade para ele. Como este link aqui e notícias da imprensa local tanto quanto possível.
Precisa divulgar desvantagens reais em usar softwares piratas como esta aqui.
Sempre precisa demonstar que é muito mais benefício PARA ELE usar softwares livres.
Você tem mais idéias?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tutorial Cyrus IMAP aggregator (murder) 2.3.16 sobre Debian GNU Linux 5.x Lenny

How to configure multipath for high availability and performance on Debian and CentOS for storage at IBM DS8300 SAN

Como instalar Oracle Client no Debian e Ubuntu