Avaliação dois anos de uso do Apple iPad Pro 10.5



Após dois anos de uso do Apple iPad Pro 10.5, farei uma avaliação de um ponto de vista bem diferente.
Além do uso prático, minha vida e, portanto, os objetivos de uso, se alteraram bastante. 
O que também explica a falta de publicações no site.
Uma guinada espiritual, e a nova atividade na caridade, acabaram alterando objetivos de vida e uso do Apple iPad Pro 10.5. 
Tenho usado muito, escrevendo diários de atividades consolidados em relatos semanais que são remetidos para revisão e talvez um dia serão publicados. Ou não.

Também tenho usado muito para leitura de livros no formato e-book. 
Pela ordem no Apple iBooks, Amazon Kindle, Google Books. Por ano, foram aproximadamente 50 livros.
Não usei para desenvolvimento de software. E quase nada para edição de vídeos e fotos. E adiei indefinidamente as intenções pessoais sobre desenho à mão livre.
Usei para tomar notas em escrita à mão livre em cursos.
E bastante redes sociais.

Usei o teclado Apple Smart Keyboard muito mais do que o previsto. E a caneta Apple Pencil bem menos, porém criticamente. Depois que você se habitua, é difícil deixar de usá-la.

Avaliação do Hardware.

As dimensões do iPad Pro 10. 5 comprovaram ser bem acertadas.
Parece o tamanho de um livro comum.
Aliado à pequena espessura e peso razoável, a portabilidade é excelente. Mesmo com peso e dimensões adicionais da capa Otterbox Clear Case e do Apple Smart Keyboard, ainda são excelentes.

Aqui um ponto de dúvida. 
O tamanho do iPad Pro 10.5 define o tamanho do Apple Smart Keyboard.
Assim, o tamanho menor exige uma aclimatação para digitar produtivamente. Se você pretende usar muito o teclado, deve considerar o tamanho de 12.9 polegadas, pois o teclado seria próximo ao de um notebook. Mas as dimensões o fariam mais inconveniente e menos portável.

Após dois anos, a CPU continua dando conta muito bem das atividades. A cada atualização, o iOS ganha geralmente pequenos aumentos de desempenho.

A tela retina laminada, e refresh rate / taxa de atualização variável até 120 Hz é espetacular. 
Infelizmente, sacrifiquei o ótimo anti-reflexo por aplicar uma película lisa para proteção. 
O recurso True Tone é muito agradável e faz diferença quanto maior o tempo de uso.

A bateria continua durando um dia de uso sem escrever à mão. 
É que escrever à mão com a ótima Apple Pencil gasta mais bateria. 
Existe mais processamento e a tela atualiza a 120 Hz para dar uma experiência natural.
A tela chega a ficar morna.

Por falar nisso, uma película fosca imitando textura de papel proveria uma sensação mais realista ainda e reduziria reflexos. 
Mas prejudicaria qualidade da imagem e desgastaria pontas da Apple Pencil.
Não precisei trocar nenhuma até hoje, mas quem usa película fosca precisa trocar pontas da Apple Pencil a cada seis meses ou menos, bem como a película que também desgasta e fica com regiões lisas. Considere como é seu uso e prioridades.

Para tomar notas à mão, escrever textos à mão como este, a película lisa é suficiente após alguns minutos de adaptação.
Não sou desenhista artístico para julgar uso naquele cenário.

A Apple Pencil funciona naturalmente. Você nem pensa nela durante o uso. 
Usar a Apple Pencil para marcar textos no iBooks ou escrever à mão no Nebo ou Noteshelf 2 é muito natural.
Algumas versões de iOS tiveram problemas de perder pareamento, as recentes não. 
A pequena bateria interna parece já não durar tanto. Infelizmente não existe manutenção ou troca de bateria, pois tudo é resinado internamente, formando um cilindro sólido. 
Quando a vida útil da bateria da Apple Pencil se esgotar, terei de comprar outra Apple Pencil.

O Apple Smart Keyboard revelou-se compra essencial para uso sério do iPad Pro 10.5.

Mas esse teclado não é muito robusto.
O exterior emborrachado é agradável ao toque, mas frágil. As bordas coladas ainda mais frágeis.
A serigrafia das teclas C,D, M já desgastou um pouco.
A textura das teclas, imitando tecido, é estranha, mas fácil de se habituar. 
As teclas reais são bem melhores do que teclar na tela de vidro.
O fato das teclas serem seladas protege contra pó, líquidos, e facilita limpeza.
Cuidado com as minúsculas aberturas de ventilação para melhorar digitação, mas que não deixam o Apple Smart Keyboard totalmente vedado.
O Apple Smart Keyboard é o mais fino, leve e prático teclado ainda. 
Não usa bateria interna e não precisa parear. É só encaixar com ajuda dos ímãs e pronto. 
Primoroso. 
A face que toca na tela quando fechado tem textura felpuda. 
Razoavelmente fácil de limpar, passando suavemente uma escova de dentes de cerdas extra macias de vez em quando e um pano humedecido apenas com água.

Se você pretende digitar muito, considere comprar um Apple iPad Pro Magic Keyboard, compatível com iPad Pro 2018 e 2020. 
Possui teclas de notebook e um trackpad. Porém é BEM pesado e deixa o conjunto com espessura de um MacBook Pro. 
Ele não protege laterais contra quedas e tem o mesmo acabamento emborrachado agradável ao toque porém sem robustez. Sem mencionar o alto preço e o fato de não ser selado contra pó e líquidos. O conjunto terá preço aproximado de um MacBook. E em 2020 a Apple vai lançar MacBook com processador ARM dos iPad Pro, deixando a escolha mais difícil ainda.

A capa Otterbox Clear Case quase não arranhou em dois anos. Muito bom. 
Mas as laterais amortecedoras de poliuretano amarelaram, dando aparência envelhecida. 
Felizmente não precisei ainda comprovar a proteção a quedas de até 1 metro de altura. Mas é como seguro. Caro até o dia em que precisar.
O peso da capa quase dobra o peso total, mas ainda é boa a portabilidade do conjunto.

O estojo escolar rígido para a Apple Pencil foi uma prática aquisição de ótimo custo benefício.

A capa de alumínio Ztylus Slim para Apple Pencil, que se permite rosquear e e assim proteger a ponta, revelou-se prática e essencial, pois também evita rolar sobre mesa inclinada. 

O estojo ou bolsa Case Logic para o Apple iPad Pro 10.5 também revelou-se prática aquisição de excelente custo benefício pois protegeu o frágil Apple Smart Keyboard.

Há relatos na internet que contam sobre superfície emborrachada riscada, manchada e até rasgada.
E frequentes descolamentos das bordas. 
Portanto, tal estojo foi essencial aquisição.

Análise do software

Durante os dois anos, as atualizações do iOS e até a chegada do iPadOS foram fáceis.
Porém a qualidade das versões oscilou bastante. Principalmente as versões iniciais de um major release foram problemáticas.
Com a mudança para iPadOS, a Apple está tratando os tablets mais seriamente para uso profissional.
Os aplicativos evoluem rapidamente. 
Exceto o Facebook, que além de demoras nas atualizações, parece piorar cada vez mais. Em funcionalidades, desempenho, consumo de bateria e bugs.

Com as mudanças na vida, e a pandemia de COVID 19, o uso de aplicativos também mudou.

Uso agora mais intensamente Mind Node, iPages, Nebo, iBooks, iMail, Things, Evernote, iCalendar
Kindle, Facebook Messenger, Facebook, Youtube, Safari, Files, iCloud, Pocket Casts, Note Shelf 2, Google Drive, Amazon Prime, Netflix, HBO go, Telecine, Next Cloud, Net Now, Google Meet, Google Duo, Bit Warden, Minhas Economias, Google Play Livros,

Os aplicativos Apple iMessages, e Facetime funcionam melhor, e têm mais recursos técnicos. Mas não são multiplataforma e não consigo contatar muitas pessoas com eles. Só quem usa aparelhos Apple.

Quase todos os aplicativos evoluíram bastante, exceto os aplicativos Facebook e Messenger e o iBooks. 
O Apple Lembretes evoluiu bastante, quase a ponto de reconsiderar o Things. Se continuar evoluindo assim, em um ano deverá ser uma escolha difícil.
Outro aplicativo que evoluiu muito nesse período foi o Apple Notes. Vai reduzindo a diferença para Nebo e Noteshelf 2. Mas estes também não estacionaram e a competição está interessante.

Por causa da pandemia, estou em home-office no emprego. Devido a peculiaridades da empresa, e a exigência de um software proprietário específico e token de hardware para a VPN, tive de ressuscitar o velho notebook para o acesso continuado. E alguns softwares exigidos em raras ocasiões instalados localmente em Linux.
O velho notebook está muito além do final de vida útil e com hardware pouco confiável. Terei de reavaliar opções. Talvez submeta o iPad a um complicado e instável procedimento para configurar acesso à VPN da empresa, ou buscarei o PC Linux que ainda está lá desligado. O problema é a falta de portabilidade e local apropriado em casa.
A tela Retina do iPad Pro 10.5 é espetacular, ainda mais comparada com a tela do velho notebook e mesmo a tela de um desktop corporativo comum.


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